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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

RUTH ROCHA

ROCHA, Ruth. O que os olhos não vêem. 1. Ed. Reformulada. São Paulo, Moderna, 2012. 37 p.
Ruth Machado Lousada Rocha, escritora brasileira nascida em 02 de março de 1931, na cidade de São Paulo é membro da Academia Paulista de Letras desde 2007. É uma das escritoras de destaque da literatura infanto-juvenil. Em 1976 publicou seu primeiro livro, Palavras Muitas Palavras. Entre suas obras mais conhecidas estão: Marcelo, marmelo, martelo; Ninguém gosta de mim; O reizinho mandão; Catapimba; Este admirável mundo louco também publicou O que os olhos não vêem, livro em que recebeu o prêmio APCA, melhor livro e melhor ilustração para crianças, 1981. E o selo de ouro – O melhor para criança, FNLIJ, 1981. O livro expõe a alienação e o descaso por parte do contente rei em relação ao povo esquecido, além de conduzir logo de início ao ditado popular “o que os olhos não veem o coração não sente”.
Narrado em primeira pessoa, trata-se da história de um rei que achava que reinar era fácil e gostava bastante. Mas que um dia adoeceu de uma doença muito esquisita, que o fez enxergar apenas as pessoas grandes e fortes, como ele. E as pessoas pequenas por mais que reclamassem o rei nem notava. E assim o povo foi pouco a pouco desprezado enquanto o rei vivia contente, pois o que os olhos não vêem, o coração não sente. Quando o povo percebeu que estava sendo esquecido, chegaram a conclusão de que eles tinham de encontrar uma solução. Foi quando eles perceberam que uma voz fraca não era possível ouvir, mas várias vozes juntas era possível ouvir. Então organizaram uma verdadeira revolução, todos usavam pernas de pau para que pudessem ficar mais altos e o rei pudesse enxergá-los. Assim ficaram surpresos porque não imaginavam causar tanta confusão, pois o rei com medo fugia de toda aquela gente e ao perceber os problemas e as dificuldades, dizia que desistia de governar. No final do livro, a autora deixa que seus leitores imaginem o final da história, ressaltando apenas que todos guardaram as pernas de pau, pois temiam que mais uma vez o seu governo ficasse cego, pois sabiam que quando os olhos não vêem o coração não sente.
Segundo Araújo (1996, p.95) apud Pontes (2012),
                                                 “ Pensar a leitura como hábito ou como significado faz diferença sim. E diz da nossa postura enquanto cidadãos e educadores e das nossas concepções de leitura aprendizagem, sociedade e aluno. Que tipo de aluno queremos formar?Um sujeito passivo, sem autonomia, repetidor mecânico à força do hábito, ou um sujeito questionador,capaz de estabelecer ligações lógicas, tomar posição frente a situações, imaginar e criar, enfim extrair sentido do mundo em que vive?  ”
Pensando assim, consideramos o livro de ótima qualidade para a educação em sala de aula e também em ambiente não escolar, propiciando o resgate da cultura do povo através dos provérbios populares. Além de tratar temas como a liberdade e a democracia, pois estes não são assuntos somente de adultos, podendo ser trabalhados também na educação de crianças.
Acadêmicas do curso de Pedagogia, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN:
Aline Sulamita Alves de Moura Faustino;
Daniela Barboza Bezerra;
Elizabete Cristina Costa de Melo;
Ismênia Wildeny Martins Gomes.

Referências:
PONTES, Verônica Maria de Araújo. O fantástico e maravilhoso mundo literário infantil. Curitiba, PR: CRV, 2012.



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